ÀS MOSCAS
A casa abandonada... O chão, vazio.
Na tulha em ruína, erva daninha;
Forração a cobrir terra maninha
Por toda essa extensão desde o baixio.
Atravesso ora areia onde era rio
E o morro em voçorocas se avizinha.
Tudo desolação onde antes tinha
Fartura após lavrar anos a fio...
Acolá, um curral sem qualquer gado.
Mas nos pastos se vê por todo lado
Cabanas de caboclo das mais toscas.
Não mais que margaridas 'inda engendre
A terra mais sombria ao pé do alpendre:
Toda uma vida enfim deixada às moscas...!
Sobrália - 07 09 2013
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