IGNOTO
Ignorasse ignorantes e ignoráveis,
Talvez vivesse mais e até melhor!...
Mas aonde me têm levado o amor
Senão a solidões inconfessáveis?
Colecciono rupturas memoráveis
E ao passar por ignoto penso me opor,
Ao que resta com todo o meu pavor
De repetir senões inenarráveis.
Enfiando a cabeça n’um buraco,
Talvez eu m’escondesse, quando fraco
Recaia no erro insólito de amar.
Sem embargo, ignorado então por todos
Deixaria o amor de vez com seus engodos,
Não fosse o amor comigo ‘inda levar…
Pedro Leopoldo - 10 07 2022
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