RANZINZA
Eu fico a reclamar de tudo e nada
Como se irritação quase constante
Se tornasse um estado delirante,
Atravessando toda a madrugada.
Lavo-me para a próxima jornada
D'olhos fundos em face a um sol gigante...
Cidade afora, sigo meio errante
E imerso n'uma sombra enevoada.
Por vezes, eu... -- em ápice de fúria --
Tomo qualquer censura como injúria
E reajo com violência desmedida.
Tudo sem externar o que na mente
Me faz passar oculto em meio à gente
Outra estranha fantasia de homicida.
Betim - 27 07 2022
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