APESAR DE TUDO
Deixo para o futuro qualquer senso,
Por um risco que ainda valha a pena.
Sim, sem amor a vida se apequena,
Sobretudo sabendo-o algo imenso!
Tudo o que se perdoa volta, eu penso,
Mais dia ou menos dia em voz serena,
Que já não questiona nem condena;
Apenas reconhece quando intenso.
Sob pena de passar por incoerente,
Eu me julgo incapaz de julgamento
Como alguém tão culpado que inocente:
Se em meio a solidão, em dor de morte,
Fui com razão-mas-sem-contentamento,
Com amor, vou sem-pressa-pois-sem-Norte.
Betim - 07 07 2022
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