quinta-feira, 29 de maio de 2025

CASTELHANÍSSIMO

CASTELHANÍSSIMO 


Decerto, há quem confie demasiado

E normalize estranhas actitudes.

Não vês, meu caro amigo, que te iludes? 

Ou aceitaste ser tudo obra do Fado?...


Teu presente repete meu passado

– Da irreciprocidade às inquietudes!

Convém que à fantasia ora desnudes

Sob pena de avançares enganado.


O que senão a angústia te motiva

Ao contínuo engendrar de descaminhos?

Amor… Eis-te pelo abismo dos sozinhos!


Ao igual que eu, trazes tu a alma captiva.

Não vês, meu caro amigo? É inevitável 

Perder-se entre o impossível e o improvável. 


Betim - 15 05 2025


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