terça-feira, 13 de maio de 2025

LICEU

 LICEU


Palácio do saber, a minha escola

Fez de mim quem eu sou e quem não sou;

Quem, por artes e ofícios, m’ensinou

A poetar desde quando rapazola.


Esse mal de escrever ninguém curou.

Embora julguem algo meia-sola,

O exercício da pena não descola

D’este homem que a vida me tornou.


Faço, defronte ao prédio, reverência 

Ao lembrar minha breve experiência

Pelos seus corredores juvenis.


Eu lhe deixo este poema como ex-voto,

Escrito à mão no avesso em minha foto,

De que ali, poeta e moço, fui feliz. 


Belo Horizonte - 06 01 2000 


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