sábado, 10 de maio de 2025

O INAVIDO

 O INAVIDO 


Jamais! Nunca houve e, não, nunca foi visto.

Como pode ser contra a realidade

Tudo quanto da mente nos evade

Para além do saber d’aquilo ou d’isto?


Não importa se penso ou mesmo existo;

Se nem o Omnividente à claridade

Houve por bem mostrar, onde a verdade

Senão nos vãos dos sonhos eu conquisto?


A morte como modo necessário 

De se dar à consciência o temerário 

Conhecimento do que é e o que foi antes.


Findo o mistério; tudo revelado,

O mundo surgirá desencantado

Às íris dos meus olhos delirantes.


Betim - 20 10 2010



Nenhum comentário:

Postar um comentário