LINHA D’ÁGUA
A embarcação que deixa agora o porto,
Na linha de seu casco, todo o mar
Já vem ao seu redor se nivelar
Embora haja das ondas desconforto.
Eu sigo seu flutuar um tanto absorto
Das cores em contraste a figurar
Onde as águas riscam o navegar
E após ponho sobre um verso torto.
A linha que a água faz em todo o mundo
Ao vazar os oceanos sobre as costas,
Divisa o mar e a terra ao olhar profundo.
N’ela sei eu buscar novas respostas
Que permitem ao espírito fecundo
Idear a luz em cores decompostas.
Vitória - 25 06 2000
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