TOQUE D'ANGOLA
Cadencia, mestre, o berimbau
E chama o povo p'ra jogar capoeira!
Mas manda abrir a roda de maneira
A melhor se medir o bom e o mau.
Arame de aço mais vara de pau,
Que, já tensos n'um arco de madeira,
Ressoam a cabaça à tarde inteira
Com vareta e dobrão de dar o grau.
Chacoalha em tua mão o caxixi
Que ritma toda a ginga na negaça
Quando avança e recua com mais graça.
Floreia o mortal, caindo sobre si...
A seguir tua lenta percussão,
Batendo compassado o coração.
Betim - 09 08 2002
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
domingo, 1 de janeiro de 2017
TOQUE D'ANGOLA
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