A CÉU ABERTO
A podridão do mundo é tão imunda
Quanto o canal de esgoto da cidade...
Cloaca de mil latrinas, na verdade,
Lá a merda de todos sempre abunda.
Pois corre a nos levar, segunda a segunda,
As baixuras do corpo e a iniquidade
Das mentes cuja insã perversidade
Fazem a morte ainda mais fecunda.
A céu aberto e à vista das pessoas,
Corrente d'águas negras e lodosas
Onde antes peixes, redes e canoas.
E depois das cascatas vergonhosas,
Desembocar em fétidas lagoas
Restos de nossas vidas duvidosas.
Betim - 02 08 2020
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