DESVIOS
Esconso face ao esquadro da moral,
Meus passos se desviam dos de Deus...
Ao largo de mais crédulos e ateus,
Continuo a ignorar qualquer sinal.
Contudo, para além do bem e o mal,
À retidão, por fim, eu dei adeus:
Deixo inteiro o Reino para os seus
E sigo alguma via marginal.
Deveras, tais veredas pedregosas
Derivam das estradas venturosas
Por onde trafegaram os mais justos.
N'elas tenho buscado outras verdades,
E, ainda que através das soledades,
Escolho palmilhar entre os arbustos.
Betim - 27 08 2020
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
sábado, 29 de agosto de 2020
DESVIOS
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