SERENÍSSIMA
Este amor que vivemos, minha amada,
Enche horas de suspiros e de ensejos,
Enquanto estrelas caem aos teus desejos
E o luar se nos derrama em serenada.
Triste é mirar a noite ora estrelada
Se, sozinho, ao violão elevo arpejos
Na esperança de a ti ofertar beijos:
— “Estrela d’alva em minha madrugada!...”
A luz se acende em tua escrivaninha
E logo uma silhueta se adivinha
À voz que se derrama em serenata.
Ao chamado dos versos, de repente,
Assomas à janela a ver contente
No céu a lua plena pôr-se em prata.
Santa Bárbara - 31 01 1997
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