sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

AMORES DOENTIOS OU LIMERÊNCIA

AMORES DOENTIOS OU LIMERÊNCIA


Adormecida em sonho,  igual princesa

À espera d’um herói belo e valente…

Como se imersa em bruma, niveamente,

Evanescendo em pálida beleza.


Andava em realidade sem defesa,

Em face da obsessão de sua mente:

D’aquele que deseja avidamente,

Se fez a predadora e ainda a presa…!


Vivia o que imagina estar vivendo

Ou mesmo d’um grande amor morrendo

E não o que de facto acontecia.


Tanto queria amar e ser amada,

Que se perdera, só e amargurada,

Entregue a uma total monomania.


Belo Horizonte - 12 12 1999


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