O ESPADACHIM
Escreve-se romanças com as penas
De todos e ninguém o espadachim,
Que esgrimindo através de luas plenas,
Encontrava às palavras algum fim.
Belas mentiras a almas tão pequenas
Conta n’essas canções sem não ou sim
Como se a recordar fictícias cenas
E mais impressionar o povo assim.
Às voltas com floretes e florins,
Aventura-se em páginas intensas:
Príncipe sem princípios e sem fins.
Pois, escritas com sangue e desavenças,
Vêm derramar o amor por bandolins:
Cortesão de violentas renascenças.
Belo Horizonte - 23 07 1997
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