A ÚLTIMA TENTAÇÃO
O fardo que carrego ora m’esmaga
Sob signo do egoísmo que em mim nasce.
Meu pecado está sempre à minha face...
Sei que mero remorso não m’o apaga.
Percebo já meu ombro aberto em chaga
E, talvez, à medida que a Hora passe
Mais pesada a matéria se tornasse
Me perfurando a carne feito adaga!
Eis que ouço a gargalhada vã do Diabo...
Após m’enganar no erro a pouca fé,
Com vis sofismas eu por terra acabo.
Por mea culpa! Mea maxima culpa!! É
Ver-me feito refém ao fim e ao cabo
E minh’alma imortal eterna ré!...
Betim - 04 12 1998
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