quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ABRUPTO

ABRUPTO

Súbito, o nada: Vazio absoluto...
Escuridão sem luz desde o Infinito!
A morada dos mortos d'onde aflito
Contemplasse confuso o próprio luto.

Talvez da narrativa um corte astuto,
Ultimando a vida ou algo mais bonito.
Ou então, n'algum lugar estava escrito
D'essas vozes que apenas eu escuto.

O facto é que, afinal, não há mais nada
E o que fiz ou não fiz não me incomoda,
Tampouco se minha obra terminada.

Aliás, consigo rir da coisa toda:
Na passagem, minh'alma abandonada
Não ser sequer estrela posta em roda.

Betim - 15 01 2020

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