sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

SONHOS HÚMIDOS

SONHOS HÚMIDOS

Aquilo que é desejo me visita
Em meio ao sono leve da modorra…
Ao mormaço da tarde, suor escorra
Quando a respiração profunda e aflita.

Um vago devaneio mais incita
Contra a mente os sentidos indo à forra:
Sem que nada me toque, o sexo jorra
Semelhante a uma válvula que apita!

Acordo sem saber a quem ou ao quê
Eu devo haver meu corpo por mercê
De carícias tão suaves quanto intensas.

Entrega-me ao torpor o dorso langue,
Como por sob a pele todo o sangue
Borbulhando no púbis ondas densas…

Betim - 31 01 2020

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