MALUNGO (no mesmo barco)
Tu, que também viveste o qu'eu vivi
Em meio à estupidez quase absoluta,
Viste que a resistência ainda é luta!
Por isso que contigo resisti...
Mal-vindos desde Angola até aqui,
A única boa nova que s'escuta
É a que lhes perdoa a má conduta,
Enquanto escravizava a mim e a ti.
Malungo, meu irmão de travessia.
Coetâneo da desgraça inenarrável,
Sabes a liberdade já tardia.
Contudo, forçoso é sobreviver
Inobstante o que venha acontecer,
Fazendo a vida mesma memorável.
Betim - 19 04 1995
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
terça-feira, 30 de junho de 2020
MALUNGO (no mesmo barco)
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