ANEURISMAS
Sinto fisgadas sob a minha testa,
Bem na artéria que irriga atrás das vistas...
Mais íntimos que ideias intimistas,
Pulsam com uma fúria algo funesta.
Assim a má saúde manifesta
Uns seguidos espasmos arrivistas,
Que dentro da cabeça deixa pistas:
Aguilhão que vez ou outra me molesta.
Oscilo entre a revolta e a indiferença
Dos males que abreviam os meus dias
Como alguma fatídica presença...
Sempre à espreita nas minhas agonias,
A morte se derrama em noite imensa
Por dentro da cabeça em ondas frias!
Betim - 23 06 2020
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