quinta-feira, 4 de junho de 2020

DE MADRUGADA

DE MADRUGADA     

Vagos acordes de música distante
Ecoam pela noite em solitude.
A serração mais densa mais ilude
Em fantasmagoria horripilante...

Não há lua. Nos altos, vento uivante
Enregela mesmo a alma agreste e rude,
Até que o céu de estrelas se desnude,
Se aerólitos chovendo d'um radiante.

Agora, parte mais da Via Láctea
A noite na imensidão quase galáctea,
Enquanto o Orbe em ciranda co'as estrelas. 

Através das liríades formosas,
Os deuses anunciem, extremosas,
As luzes de astronômicas procelas...!

Belo Horizonte - 20 08 1999

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