MIRABOLANTE
Desenha arquiteturas impossíveis
A habitantes ainda não nascidos.
Ideia livres vãos além vencidos
Por estais tensionados em desníveis!
Com torres de metais incorruptíveis,
Quase a tocar os céus, antes proibidos,
Evoca de Babel os alaridos
Contra todos os deuses inservíveis!
Tanta imaginação n’uma estrutura
Parece menos sonho que loucura
Do gênio que deseja a imensidão
E traça um risco humano na paisagem
Porque aceita o papel qualquer bobagem
Ou porque tem o mundo em sua mão.
Belo Horizonte - 28 12 2022
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