quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

ATA-FINDA

ATA-FINDA

De que valeis, reveses d’amor? Brio,
Que enchendo o coração de vãos torpores,
Àquele que se busca novas dores
E sem calor de abraços, cai de frio

E somente se mente em desvario
Iludido por álcoois e vapores,
Enquanto chora triste os seus amores
Em versos transbordantes como rio...

...Ou frutas sobre a mesa maduradas
A exalar forte pela escuridão
Essências lentamente fermentadas,

Qual presença na ausência, vós em vão
Sabeis ter no presente horas passadas
Com ais que talvez nunca passarão.

Santa Bárbara - 30 09 1996

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