NO DIA DE SÃO NUNCA
Ausente do corrente calendário,
Eis o dia que não há-de chegar!
Embora sem qualquer tempo ou lugar,
Ao findar todo extremo temerário.
Jogava para o Olvido incerto e vário
A obrigação difícil de se honrar,
Bem como a meta inviável de alcançar
E ainda assim nos ronda o imaginário.
São Nunca -- bom padroeiro dos tardios --
Postergai nossas dívidas e dúvidas
Diante de carrancudos tão sombrios.
Indefinidamente, o vosso dia
Seque as lagrimas sobre as íris úvidas
D’aquele que não nega, só adia...
Betim - 01 11 2003
Nenhum comentário:
Postar um comentário