LUSA E BRASILEIRA
A lusa navega entre o tu e o você,
Cruzando todo o Atlântico: Alma e Oceano...
Mas maluca comete um ledo engano,
Pois, mameluca lá e cá se vê.
A lusa, sem que já saibam por quê,
S’enamora e amorena ano após ano.
Mestiça de ameríndio e de africano,
Eis-me a lusa cafuza n’um fuzuê!
De facto, uma mestiça mui preciosa:
Cor-de-cobre, descubro-a ainda presa
A seu jeito dengoso em tirar prosa.
Dos poetas a cantar sua beleza,
Sou mais um cuja pena caprichosa
Canta essa crioula língua portuguesa.
Belo Horizonte – 11 11 1991
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