DIAS DE QUARUPE
É sol de sangue n'um pálido céu!
É tronco ornamentado preso ao chão!
É fazer memória! É celebração!...
É canto! É dança! É luta! É cor! Tropel!!!
... Há-que se nos pôr fim ao luto cruel
Em festa de reunir toda a nação.
Por deixar que nos fale ao coração
A alma que se despede do olhar fiel.
... Há-que se ter saudade sim. E, ainda,
Lembrar d’aquele a vida longa e linda
Que feito estrela pelo céu fulgura:
-- "Não lhe entristeça a nossa só tristeza,
Antes mantenha a chama sempre acesa,
A que nos seja luz na noite escura!"
Belo Horizonte – 06 05 1993
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