FOGO MORTO
O amor ardera até me reduzir
A cinzas de desejo ora apagado.
Qual engenho de fogo morto, o Fado
Fez-me ruína e pó sem mais porvir.
E o pouco que me resta é refletir
Sobre as contradições de meu estado...
Embora extinto o incêndio, rescaldado,
Meu corpo é calentura a ir e vir.
Levando-me a alegria e toda calma,
O amor ao me inflamar a essência d’alma
Esvaziara-me até a última gota.
Não vejo qualquer Fênix renascida
No sinistro que agora arrasa a vida.
Vejo apenas os campos da derrota...
Gov. Valadares - 31 03 1994
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
FOGO MORTO
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