PALAVREADO
Não me ponhas palavras pela boca,
Sem antes eu as ter no coração!
Tudo o que escrevo, com ou sem razão,
Eu senti... Mesmo quando em vão te choca.
Tem palavra que sempre me provoca
O afã de reviver uma emoção.
Outra, reluz em mim feito clarão
Tal a beleza qu'ela em si evoca.
Por isso tento ornar o palavreado,
Crente que na poesia cada termo
Me pareça a seu modo destacado.
Já nem reparo mais se velho e enfermo
Escrevo em linhas tortas o meu Fado...
Garimpo-me palavras n'algum ermo.
Ibirité - 27 11 2016
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