APALAVRADA (sic) RIQUEZA
Quantas vezes, igual um avaro, eu
Contemplara poéticos tesouros?...
Em gavetas, prolíficos, meus ouros
Como as barcas do escravo do Pireu!
Eu sou alguém que a si mesmo colheu
Uma fortuna crítica sem louros
Aos versos que o Eu-Agora e os Eus-Vindouros
Têm diversos sentidos ao que é meu.
Mesmo os tendo por ouro verdadeiro,
Vos dou como alguém co'os bolsos furados
Deve andar por aí a perder dinheiro...
Se a vós ouro de tolo, validados
Foram não por quilates, mas inteiro
O fiel onde meus eus serão pesados.
Betim - 04 07 1999
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