ÚLTIMA PARADA
Estava triste sem saber por quê,
Apenas esperando o trem parar...
Um tanto distraído perco o olhar
A dizer-me ora “Não”; e ainda ”Sê!”
Algaravia dentro em mim se dê:
--“Não. Eu nunca estou onde quero estar...
Imagino e é sempre um outro lugar!...” --
Mas, desço do comboio igual clichê
Digno d’algum herói rocambolesco,
Que aos transes de ventura em vão padece,
Indo desde o sublime ao mais grotesco...
Já na estação, aos poucos escurece.
Minh’alma, n’um desgosto gigantesco,
Sequer sabe porque ora se entristece.
Belo Horizonte -15 02 1998
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