quinta-feira, 22 de novembro de 2018

BODAS DE CIANURETO

BODAS DE CIANURETO

Romântico a meu modo, eu não me oponho
A morrer já de mãos dadas contigo.
Bebamos outra dose de perigo,
Baforando tragadas d'algum sonho.

Pego-me a te admirar assim tristonho
Como se fosse um íntimo inimigo
Capaz de te acolher no mesmo abrigo
Onde oculto do ser meu mais bisonho:

-- "Que preferes, champanha ou cianureto?"
À maneira do músico eu te poeto,
Fazendo graça com nossa tristeza. 

No mais, comemoremos estas bodas
'Pós-excessos das mais bizarras fodas,
Mareados sob um céu azul turquesa.

Betim - 22 11 2018

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