SINGULARIDADE
Surrealizo os teus olhos feito estrelas
E atravesso as galáxias de teu verso...
Pelas letras, recrio outro Universo
Onde estás bem no centro das querelas!
Em fuga, duas linhas paralelas
Reúnem no infinito o haver disperso.
De modo que contigo desconverso
Sobre eu ser lar de múltiplas janelas.
Espaço-tempo d'um buraco negro
De cujos mil megatons me desintegro,
A ponto de deformar matéria escura.
E mesmo a luz se curva ora atraída
Àquela gravidade desmedida
Que bem dentro de ti se transfigura.
Betim - 29 11 2018
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