FARÓIS NA ESTRADA
Aceito a solidão como caminho
E até a escuridão como paisagem.
Não há qualquer destino n'essa viagem,
Na qual eu de mim mesmo me avizinho.
Ser livre é sobretudo estar sozinho
E viver co'o que cabe na bagagem.
Não há nem covardia nem coragem
Em seguir sempre mas devagarinho.
Aprendi não haver felicidade
Em amores, fortunas ou carreiras...
Tampouco em qualquer credulidade.
Abandonado às minhas vãs canseiras,
Usufruo da existência, da saudade
E trafego através de sós fronteiras.
Betim - 25 05 2020
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