O POEMA PERDIDO
Retoma à folha em branco o teu sentido
E escreve. Torna àquele instante que herda
De palavras e idéias sua perda:
Rebusca em ti o poema perdido.
Recordas? A memória um tanto lerda
Vai seguindo as pegadas desde o havido,
Além das armadilhas vãs do Olvido,
Sem ignorar, porém, o abismo à esquerda.
Voa, condoeiro, mais alto que o condor:
Parábolas, hipérboles, elipses...
Descritas voltas p'las esferas tríplices
Do ser a superar-se outro ao compor...!
É imperativo: 'inda que alterado,
Debruça-te sobre ti, reencontrado.
Belo Horizonte -19 01 1999
Retoma à folha em branco o teu sentido
E escreve. Torna àquele instante que herda
De palavras e idéias sua perda:
Rebusca em ti o poema perdido.
Recordas? A memória um tanto lerda
Vai seguindo as pegadas desde o havido,
Além das armadilhas vãs do Olvido,
Sem ignorar, porém, o abismo à esquerda.
Voa, condoeiro, mais alto que o condor:
Parábolas, hipérboles, elipses...
Descritas voltas p'las esferas tríplices
Do ser a superar-se outro ao compor...!
É imperativo: 'inda que alterado,
Debruça-te sobre ti, reencontrado.
Belo Horizonte -19 01 1999
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