EM MEADOS DE ABRIL
Estávamos em casa confinados,
À espera do que fosse acontecer...
A um metro ou mais passamos a viver
Todo o tempo uns dos outros afastados.
Foram dias sombrios, desolados:
Onde não adoecer e esmorecer...
Não desaparecer... Não perecer...
Eram os nossos únicos cuidados.
Entre quatro paredes longamente,
Tendo só incertezas pela frente,
Passamos, reticentes, o mês todo.
Atentos ao avançar da pandemia,
Sabendo que mais dia menos dia,
Iríamos sofrer do mesmo modo...
Betim - 08 05 2020
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