quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

CADERNETA

CADERNETA

Passou pela cabeça e eu escrevi.
Pois antes de ser verso ou pensamento
Fora a contemplação do vão momento
Ou algo de interessante que eu ouvi.

A folha em branco esteja sempre ali
Onde a escrita repouse sem intento
Para desanuviar meu sentimento
E depois me lembrar do que esqueci...

Tenho sempre no bolso; bem à mão,
Alguma caderneta de rascunho
Que me recebe as letras de ocasião.

E, senão de meus dias testemunho,
Haja ao menos dos gestos a expressão
D'esse afã de poetar de próprio punho.

Betim -  15 12 2020

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