domingo, 13 de dezembro de 2020

ENTRESSONHO

ENTRESSONHO

Durmo como estivesse esvaziado
De qualquer vão vestígio de existência.
D'olhos fechados, vívida consciência
De imaginar-me à noite despertado.

Meu sono parecia tão pesado,
Que a morte não seria coincidência.
Visto aquela máxima indolência,
Enquanto eu totalmente desligado.

Entre nada e lugar nenhum, a mente
Não concebia o tempo onde o presente
Acontecia para todo mundo.

Apenas o vazio e o esquecimento.
E aquele fora o meu melhor momento
De todos qu'eu vivera n'esse mundo.

Betim - 12 12 2020

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