DOIS MIL ANOS DEPOIS DE CRISTO
Não houve Natal quando ele nasceu.
Tampouco no solstício d'outro inverno
O mundo parou para olhar o eterno
E receber aquele que Deus deu.
Não sabem se de facto aconteceu:
Anjo, virgem, massacre, luz, governo...
Todavia, o que há entre o céu e o inferno,
Em outro sonho humano se perdeu.
Contaram dois mil anos -- vai saber!... --
O tempo que calhou de acontecer
Aquele nascimento obscurecido.
De tudo, a única coisa que nos resta
É essa mui ruidosa e estranha festa,
Que inventaram para um recém-nascido.
Ubatuba - 28 12 1999
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