A MULHER DO PRÓXIMO
Todo o tempo, amigo, há-que estar atento
Face àquela mulher que se apresenta
Como um sol que ao nascer nos desorienta
E põe a terra e os céus em movimento...
Ela é algum fenômeno violento,
Semelhante a ciclones ou tormenta.
Porém, depois serena ela aparenta
Sempre a nos contestar o sentimento:
-- "Amor não é amor sem correr riscos!" --
Pontifica com sua voz mais forte
E alheia às próprias traves vê meus ciscos...
Amando indiferente à vida e à morte,
Essa mulher me deixou na pele viscos,
No mal de desejar d'outro a consorte.
Belo Horizonte - 02 01 2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário