TAUROMAQUIA
Minh’alma, como o Palácio de Cnossos,
Seus interiores perde em labirinto.
Lá há muitos tesouros n’um recinto
Cercado de altos muros, fundos fossos...
Nas paredes, afrescos onde moços
Enfrentando de touros fero instinto.
Como se vida e morte, algo indistinto,
Fosse em face d’aqueles grãos colossos.
Por corredores, um monstro e um herói,
Disputam entre si luta inumana
Dos sombrios desvãos da mente insana.
Não mausoléu que tempo me destrói,
Sim a edificação onde busco eu
Ecos de Minotauro e de Teseu.
Belo Horizonte - 13 02 1998
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