RODOVIA BR 116
Os ônibus que partem para longe
Saem já de madrugada no sereno.
À noite, em meio às horas, me apequeno
Ainda que a vidraça outrem esponge.
Mas na hora da partida, feito um monge,
Reze todo um rosário por ameno
E saiba que se faça a mim mais pleno
A mesma imensidão que nos alonge.
De facto, na distância, ando tão só...
Mesmo que me reserve só por dó,
Amar aqueles olhos já perdidos.
Não obstante, há os ônibus e horários...
Os caminhos insistem, mas tão vários,
Que me levem além d'esses olvidos!
Inhapim - 04 11 2016
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