RELO DE PIPA
Solta pipa o menino a sol a pino,
Que contra o vento forte sobe ao céu.
Taquara de bambu; seda o papel,
É branca sobre o azul horizontino!
Solta versos o poeta a voar sem tino,
Em jogo de palavras saindo ao léu.
N’um momento, rodando o carretel,
O poeta ao tempo volta pequenino.
Descarregando a linha na ousadia,
Mais rebola a rabiola a fantasia,
Assim como a memória e o pensamento.
Mas logo a linha rela com cerol,
E o poeta, pipa voada atrás do sol,
Se deixa levar longe pelo vento…
Betim - 19 09 1992
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