segunda-feira, 13 de março de 2017

A CORRIOLA

A CORRIOLA

Como tantas reuniões de malfeitores,
Aquela terminou intempestiva...
De navalhas na mão, em chaga viva
Pingava sangue ruim, escarro e suores.

A malta repartia-se os valores.
Mas, malandro de mente assim criativa,
No afã de sempre ter mais voz ativa,
Desata uma eloquência de doutores.

Gírias e palavrões em cusparadas
Trocadas entre as faces inflamadas,
Tendo armas e dinheiro sobre a mesa.

Morreram todos n’um “abracadabra!”
Resultando essa cena tão macabra,
Onde somente a grana sobra ilesa.

Betim – 13 03 2017

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