AO ZÊNITE
—” Andemos, pois, a morte já não tarda,
E ao zênite o sol sobe e desce do alto”. —
O horizonte derrete-se no asfalto,
E a estrada se lhe perde, árida e parda.
Outro arauto do fim pela vanguarda
D’um armagedon pelo sol de assalto...
Que mais diz a mensagem do arauto
Que de tão triste fim memória guarda?
-- "É hora: O fim dos tempos se aproxima...
Uma a uma já se cumprem as promessas!
Volvei os vossos olhos para cima!..."
"Obscurecido por nuvens espessas,
Eu vejo o sol dançando pouco acima
Até o céu nos cair sobre as cabeças!"
Belo Horizonte - 09 09 1999
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