SUÇUARANA
O cachorro latiu. Passou alguém?
Não vi nada e ninguém na madrugada
Andar de fronte à casa pela estrada.
Quer fosse alma d'aquém ou alma d'além.
O latido era forte e alto, porém.
Fiquei a imaginar qualquer maçada:
Um paisano a pedir aqui pousada
Ou parente querendo algum vintém...
Lá fora estava um breu; noite sem lua.
Rebuliço de reses no curral
E algum vulto a cruzar todo o quintal.
Onça parda azulou na pedra nua,
Salpicando de sangue toda terra
Depois de molestar uma bezerra.
Sobrália - 07 07 2003
Espaço para exibição e armazenamento de poemas à medida que os vou escrevendo. Espero contar com o comentário de leitores atentos e gente com sensibilidade poética por acreditar que o poema acabado não precisa ser o fim de uma experiência, sim o início de um diálogo.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
SUÇUARANA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário