sexta-feira, 18 de novembro de 2016

RELO DE PIPA

 RELO DE PIPA 

 

Solta pipa o menino a sol a pino,

Que contra o vento forte sobe ao céu. 

Taquara de bambu; seda o papel, 

É branca sobre o azul horizontino!

 

Solta versos o poeta a voar sem tino,

Em jogo de palavras saindo ao léu.

N’um momento, rodando o carretel,  

O poeta ao tempo volta pequenino. 

 

Descarregando a linha na ousadia,

Mais rebola a rabiola a fantasia,

Assim como a memória e o pensamento. 

 

Mas logo a linha rela com cerol,

E o poeta, pipa voada atrás do sol,

Se deixa levar longe pelo vento…

 

Betim - 19 09 1992


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